sábado, 13 de outubro de 2018

Shema Israel

Terça-feira, 5 de janeiro de 2016


Com os mares digitais revoltos  posso dizer que este marujo marcado pelo tempo  enfrentou tempestades, raios e trovões nesta travessia. As previsões e  análises deste mesmo que vos escreve, pareciam favoráveis. A relação do projeto Shalom Israel com as recentes ondas de terror e anti-semitismo são cristalinas. Algumas pessoas me cobraram mais elementos; “visuais, encantadores, persuasivos”. A tal objetividade... Pois bem, amanheço neste dia com meu salvo conduto pronto. Fui autorizado por forças maiores à abandonar o navio. Mas, não à missão. Esta por hora ficará à encargo dos divinos mistérios do universo.

Ninguém sobrevive impunemente a uma longa jornada repleta de desejos, sonhos e aspirações. Deparar-se com as intempéries da vida é deparar-se com a própria natureza da odisséia humana na terra. Trago no coração as dores ocultas por noites escuras e uma solidão tremenda capaz de provocar delírios.  Porém foram as noites estreladas e iluminadas por encontros casuais extraordinários que me valem essas palavras. O diário de bordo da missão Shalom Israel fica por hora incompleto. Enquanto houver mares  navios e rotas abertas para um sonho, lá eu estarei.

Antes de embarcar, ainda com os pés na terra firme, meus pensamentos fluíam  para uma mesma direção; – Israel! Lembre-se que compartilhar essa vontade com vocês nas redes-sociais por meio de uma  plataforma de financiamento coletivo “Crowdfunding” foi em suma, um ato desesperado de um marujo que tendo esgotado todas as suas possibilidades lançou-se ao mar com bravura e coragem numa embarcação pequena e desfavorável. Assim mesmo foi melhor que ficar parado no porto à ver navios chegar e partir.

Essa história teve inicio em outubro de 2014 e ganhou contornos de um romance de realismo mágico e por vezes até cruel. Revelar a totalidade dos fatos e motivações é algo que o tempo há de se encarregar. Sei que minhas ações mais cedo ou mais tarde renderão surpresas reservadas àqueles que tem coragem e se lançam no infinito. Em algum momento vou receber um  sinal, uma resposta.  

Em busca de grana para curtir as festividades do final de 2014, estava empenhado prospectando clientes. Ligava para um. Mandava e-mail para outros. Agendava visitas ou simplesmente saia por ai em busca de zonas comerciais batendo de porta em porta.  Foi num desses encontros da vida que conheci uma cliente interessada em promover seus serviços e divulgar sua marca na capital amazonense. Uma brasileira filha de um proeminente empresário Palestino que migrou para o Brasil na década de 1950.

Descobrir esses detalhes é tão natural quanto perguntar ás horas para mim. Entre  as visitas que precisei fazer para alinhar detalhes da logo-marca, cartão de visita e redação publicitária referentes ao específico trabalho conversávamos sobre outros assuntos relativos à vida profissional, bem como sobre algumas aspirações e desejos. Em dado momento revelei meu imenso desejo de chegar até Israel e  a Palestina para ver de perto tudo o que acontece por lá. Tudo o que eu sempre lera desde criança sobre os conflitos de interesses que agem naquela região do mundo.

Não mais que de repente, a mulher disparou; Tu sabes fazer documentário? Um sorriso me veio a face desde lá do fundo da minha alma. Respondi prontamente que sim, enquanto alegava todas as minhas prerrogativas e paixões por este tipo de desafio. Então ela me disse. Estou indo para Europa em breve. Vou pensar nessa ideia em alguns dias te falo. Eu não poderia ficar menos empolgado com a possibilidade de estar em Israel e ainda mais entrar na Cisjordânia. Um pesquisador, um jornalista e aventureiro deseja sempre ir mais longe. Ultrapassar barreiras físicas e ideológicas para realizar desejos que por vezes são incompreendidos.

Precisava botar mais lenha nessa fogueira. Senti que poderia conseguir existo nesse desejo tão caro para meus bolsos. Um assunto que estivera comigo desde que passei a prestar atenção às noticias e ler jornais. O assunto Israelo-Palestino. A resposta veio rápida, embora com certa insegurança nas palavras. A resposta foi positiva. A mulher bancaria o projeto com a ajuda da comunidade árabe. Logo que foi mencionado por ela “apoio da comunidade árabe” deixei bem claro que: Eu não estava ali para fazer um trabalho por encomenda. Meu trabalho era produzir um documentário, o que é diferente de um trabalho jornalístico.

Meu trabalho de conclusão de curso foi justamente sobre este tema; A diferença entre o documentário e uma grande reportagem. Queria mesmo é fazer um documentário, que por tanto, prescinde uma leitura mais sensível e subjetiva dos fatos. Assim sendo, prosseguimos com os embaraços burocráticos e financeiros. Como adultos civilizados e esclarecidos fechamos um acordo verbal. Sim, um acordo verbal. Podem rir e me chamar de idiota. Mas foi assim que tudo sucedeu e talvez por isso você agora fica sabendo de tudo isso. Do contrário, com um contrato em mãos, deixaria tudo nas mãos da justiça.

A viagem até Israel é bem longa. Embarquei sozinho num   vôo procedente de São Paulo com destino a Tel-Aviv onde encontraria a produtora executiva do projeto. Precisei descansar um dia inteiro antes de estar esperto para começar meu trabalho. Ainda no primeiro dia, percebi que as facilidades acabaram ali. Chegar até lá foi fácil. Difícil seria preservar minha paz e sanidade ao lado da mulher que me contratou.

Tomada por emoções que fogem da minha compreensão a mulher passou agir com extremo fundamentalismo e parcialidade. Tudo o que eu mais queria evitar. Estávamos hospedado na casa de uma judia brasileira que construiu toda sua vida em Israel, famílias, filhos e uma carreira profissional. Ela nos convidou para conhecer um Kibutz. O primeiro Kibutz que conheci na vida. No caminho de Petah Tikva até o Kibutz começaram as primeiras acusações por parte da minha contratante que se mostrara irredutível e inconciliável com as explicações da Judia. Tentei acalmar os ânimos. Mas a mulher parecia possessa e certamente muito inconveniente para uma judia que gentilmente cedeu sua casa pra nos receber.

Dali em diante  somaram-se ingerências inaceitáveis. Eu não poderia aceitar. Passei a ser atacado diariamente com insultos e palavras que visavam desqualificar meu trabalho que até então acabará de começar.  (*bom...sem mais detalhes, isso só mesmo em um livro). O fato é que uma pedra desceu o morro e  arrastou  as outras até provocar uma imensa avalanche que destruiu por completo ás possibilidades de um trabalho audiovisual.  Perdi tudo. Todo o material, equipamento. Sai sem nenhum tostão e ainda fui chamado de ladrão. Alguns colegas diriam “ossos do ofício”... seja como for. Fiquei num prejuízo tão amargo que 2015 passou e eu nem vi. Tamanha foi minha frustração, do tamanho da minha expectativa. Fiquei bem triste, com reflexos até na minha saúde física.

Foi meu último dia em Israel que deixou esse legado. E quanto à isso, posso dizer, que foi por inteira responsabilidade dos mistérios da vida. Já escrevi sobre isso. Voltado de Jerusalém para Tel-Aviv. Fazia tanto frio que a neve começou a cair. Minha tristeza era tão fria e cortante. Desci num ponto de ônibus com uma mala enorme. Estava crente que o aeroporto ficava próximo daquele ponto. Ainda que fosse mil metros para mim tudo bem.

Arrastei por mais de meia hora aquela mala feia e azul antes que as rodinhas se quebrassem nas ruas próximas ao Bem Gurion Airport. Embora a neve tenha ficada para trás, nas montanhas de Jerusalém, o vente frio se fazia presente na litorânea Tel-Aviv. Andei, andei, andei até que um pequeno carro azul passou devagar, buzinou e deu sinal que ia encostar. Distraído em pensamentos nem me dei conta. Sem nenhuma esperança segui em frente até que me deparei com o sorriso daquela jornalista.

Hi – are you going to the airport?

Ela sorria e parecia muito amigável. Meu semblante estava visivelmente abatido e cansado.

Yes – i AM!

Ok,  i give you a ride – I am going to the airport  and it is still far from here!

Aceitei – entrei naquele carro e conheci a pessoa mais importante para meu projeto Shalom Israel além de mim é claro. Vejam só, quantas “coincidÊncias”. Uma jornalista, ativista com uma vida marcada pelo ativismo social e politico. Uma mulher que trazia nas suas ações um discurso mais forte que qualquer palavra. Naquele mesmo dia ela estava indo ao aeroporto buscar outro amigo na estação de metro do aeroporto. Outro jovem que se dedica à trabalhos não remunerados com a finalidade de promover ações sociais e educativas.

Foi um encontro divino. Parecia que eu tinha encontrado velhos amigos. Até da reunião eu participei. Eu já estava me despedindo quando a jornalista me perguntou.  – Que horas é seu vôo para o Brasil? Respondi que ás 23 horas. Ainda eram três horas da tarde e fui convidado para participar da reunião na casa dela, próxima do aeroporto. Surgiu  ali uma amizade espontânea. Era natural que com tantos interesses em comum tivesses tal liga.

Dizia à todo instante que meu trabalho fora perdido. Que estava triste, mas acreditava que aquele encontro casual tinha algo mais. Era como uma resposta para minha desesperança. Uma guinada inesperada nas minhas últimas horas em Israel que fez toda a diferença. Dali em diante o ano prosseguiu. No caminho até aqui uma paixão inesperada. Um presente lindo dos céus. Meu desejo de voltar a Israel só aumentou.

Lembrando mais uma vez que teria ido sozinho e sem alarde com meus próprios recursos, fazer cumprir esse desejo conforme minha vontade. Mas tudo deu errado, nada de emprego em 2015. Até uma grana, dada como certo pelos meus advogados, referente à uma causa trabalhista não saiu. Cá entre nós, entre eu e você meu caro leitor oculto. Era com essa grana que compraria minhas passagens com destino a  Israel honestamente. A justiça adiou em um anos sua sentença para meu caso. A lágrima saltou dos meus olhos quando a juíza revelou que eu nem sequer poderia estar ali naquela audiência por uma questão técnica.

Sem tempo para chorar e apaixonado comecei a rabiscar no papel um plano. Queria me distrair para não cair em desespero. Rabisquei minha agenda desenhos e tópicos com assuntos e temas que deveria explorar. Já era outubro de 2015 quando esse episódio ocorreu. Alguns amigos mais próximos, desses à quem você confessa até seus crimes me sugeriu. Bruno porque você não lança uma campanha da internet. Conta tua história. Apresenta teu projeto.
Vai que se você consegue.

Foi esse estimulo que me conduziu até um site de “Crowdfunding” onde plantei meu projeto Shalom Israel... no mais ... bom é tudo de conhecimento público. Trouxe a campanha para minhas redes sociais. Entrei em contato com tudo quanto foi representação judaica no Brasil. Mandei e-mail para embaixada. Comunidades judaicas dentro e fora do Brasil. Mas alguma coisa faltou... seja como for. Tirei boas lições e fiz novos contatos, colegas e quem sabe até amigos.  Ganhei uma nova história que por si só já rende uma boa aventura.

Hoje 06  de Janeiro de 2016, conforme o previsto – está encerrado a campanha,mas o desejo continua. Com meu salvo conduto desembarco deste navio, porém jamais, desse destino.


Am Israel Chai 

K2 Park

Terça-feira, 29 de dezembro de 2015



No entorno por uma questão de sorte ou destino existem dezenas de praças, porém somente em uma delas é possível reunir a turma do K2 sem criar maiores problemas com a vizinhança. Fui apresentado ao lugar em 1994  por uma grupo  que me precedeu. Entre idas e vindas interrompidas por namoradas, empregos e viagens pude ver colegas alcançarem os extremos da luz e da escuridão.  Alguns morreram pelo caminho. Outros fizeram filhos. Tem aqueles que estão hoje exatamente onde pretendiam estar. Alguns aprisionados, outros de bem longe mandam lembranças em fotos coloridas com os tons mais bonitos da vida.

Vale ressaltar a importância das praças públicas como pontes para amizades, reconhecimentos e trocas de informações. È convivendo que se aprende a viver. O jovem que pode desfrutar de uma praça tem a possibilidade de se deparar com diferentes pontos de vista. Histórias e caminhos diferentes que a vida apresenta à cada um. Aprende a respeitar e conviver com as diferenças. Ainda que antes disso algumas brigas  venham a acontecer.

Mais vale um amigo na praça que um amigo no banco!

Acontece que nem tudo é para sempre. Manaus concentra uma população de mais de dois milhões de habitantes. A vida é curta e o mundo é muito grande. Quero registrar minhas memórias de hoje  como forma de carinho. Dedico à  todos aqueles anjos caídos que se reúnem na mesma roda com pobres diabos. Aos ricos e aos pobres. Aos cultos e iletrados. Também para os advogados e os flanelinhas que entre quatro linhas esquecem as diferenças e jogam uma pelada todos os dias. Eu to indo embora. Meu tempo de k2 acabou.

Lembro de tantas histórias. Momentos de alegria. A euforia das primeiras descobertas por aqueles   inquietos que encontram nas praças os únicos lugares livres de rótulos, regras ou hierarquia. O que não significa uma completa putaria! Os mais velhos que tiraram lições de convívio e da vida até deixam a corda esticar. Mas quando o jovem anarquiza  recebe uma rasteira. Do chão ele levanta e assim vai aprendendo. Foi assim comigo também.

Foi nos  últimos anos que passei a frequentar mais assiduamente a praça batizada como k2 pela minha geração. Sem namorada, desempregado e desanimado por dias longos e calorentos só consegui relaxar  por ali nos  finais de tarde.  Algumas conversas valiosas fazem valer o tédio de dez conversas vazias. Isso porque muitas vezes tudo o que você quer é ficar calado. Sentar por ali e fumar uns baseados antes de voltar para o “mundo”.

Nesse ano (2015) o lugar passou a ser frequentado por dezenas de jovens oriundos de outros bairros. As diferenças surgem logo de cara. Aquelas que por hora não podem ser conciliadas se resolvem com a distância. A praça é grande, entre um canto e outro pode haver até 50 metros separando os divergentes.

Esse lance de bancar o mais velho, sendo ainda tão novo é bem complexo, todavia,  nunca fujo da raia e sempre trago uma palavra amiga. Conto umas histórias. Digo que uma  vida louca e rebelde sempre cobra um preço. Pode ser a confiança, a saúde do corpo  da mente. Sempre algo ou alguém virá cobrar as conseqüências  de suas escolhas. Àqueles que desejam ouvir, conto sobre tudo o que sei e aprendi sem nenhuma arrogância.

Há mais de 15 anos que a praça não recebe uma reforma. O lugar está completamente roto. As grades quebradas. Os balanços, escorregador e gangorra completamente abandonados. Posso dizer que hoje no k2 existem mais pessoas que desconheço do que aqueles que suponho conhecer. Muita gente que só busca refúgio e não traz sequer uma palavra para trocar. Olho para eles e penso que serão o “futuro” do k2. Acho que não porque a vida sempre cobra um preço e as novas gerações parecem não se importar com nada. A eles desejo que possam permanecer vivo e alcançar os 30 anos e assim por diante.

Só a mudança é para sempre. Ninguém mais acreditava que uma reforma poderia acontecer. Um dia chegamos ao local e  percebemos um contêiner posicionado bem ao lado da quadra de esporte. Ficamos especulando sobre o “Por quê?” daquele trambolho. Dias depois um imenso painel fora instalado nas grades do local. Com brasão da Prefeitura Municipal de Manaus o anúncio da reforma no valor de R$  116 mil.  Foi nesse mesmo dia que apareci com minha câmera e pedi que alguns deles pousassem para a foto. Queria registrar naquele instante a mudança. Nada é, tudo estar. Nada de saudades, apenas boas recordações!


- Feliz 2016 k2!!! 

Torre de Papel

Sábado, 26 de dezembro de 2015



Entrar no meio de uma discussão entre a direita e esquerda pode parecer desgastante, chato e enfadonho. Mas isso é um passeio no parque de diversões para quem já teve por uma, duas, três vezes uma arma de fogo apontada diretamente na cabeça ou no peito. 

Discutir filosofias e ideologias com burgueses é motivo de agitação interna, uma euforia gostosa que deixa um gosto de quero mais. Como um jogador experiente de Xadrez que precisa de encontrar adversários cada vez melhores e mais desafiantes. Isso é bom. Desses campos não me furtarei jamais. Embora, assim como um bom enxadrista eu tenha que saber usar todos os artifícios que o tabuleiro possibilita. 

Difícil e arriscado foi é estar no meio, bem no meio de um briga de facas no Paraguai com um jovem perturbado e um outro debochado. Ambos armados de faca, querendo se matar. Entrar no meio de uma briga dessas... isso sim é complicado. E até isso eu já fiz. Não para parecer um herói, mas porque era preciso. Agir com frieza, olhar nos olhos da besta-fera enlouquecida e muito calmamente, segurar o "mais louco" pelo pulso e conter a ira e a revolta de quem se crer humilhado e desterrado. 

Discutir os rumos da vida por meio de letras frias é muito fácil...
Porém é necessário, muito necessário. Acontece que muitos por aqui se furtam. Vivem e esperam da democracia apenas os benefícios ...mas se furtam de cultivá-la e sustenta-la com artifícios. Se desgastam...parecem temer algo ou alguém que nunca encontram na vida. Morrem sem saber à quem temiam nessa vida tão passageira. 

Há tempos denunciei aqui aquela certa moral presente nos lares de classe média - média alta, onde por sorte ou destino fui criado. Sabe aqueles panos quentes ... não fala nada para não criar mais prolemas. finge que tá tudo bem. Não diz nada para não se dispor com o fulano, a cicrana rsrsr. Acho é graça. 

Aquela moral chegou por aqui no Facebook ...porque muitos vieram para cá. Leia-se facebook (redes sociais). Não se trata de alimentar um seara sem lei onde as ofensas e calúnias são ordinárias.. mas sim de estar aberto ao contraditório. Parece-me que isso ficou para trás ... muitos potenciais oradores se calaram. 
Calaram-se como nos tempos da sala de janta, como nos tempos das festas nas casas dos tios - e amigos. Não diga nada para não de dispor com ninguém. -Fique calado!

Enquanto isso o Brasil foi sendo soterrado, envenenado, vilipendiado. Sociedade para quê? Sociedade só a minha, aquelas que estão do lado de dentro dos muros e condomínios. Aquele de fora... bom nem ligo a TV para não ver. Esses muros do Apartheid não vão resolver os problemas. Eles apenas camuflam para as crianças que ali crescem a realidade do mundo que os cercam. A realidade que seus pais aprenderam a ignorar. 

E assim, deste modo...os problemas se perpetuam. A soluções atacam os efeitos conforme as possibilidades de cada um. Porém elas são insípidas em relação às causas. Vejo muitas torres de babel por todo o Brasil.