quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Curitiba

segunda-feira, 3 de outubro de 2016




Ruas, praças  e amores
Pelas calçadas muitas cores
Um bom caminho para todos  

Passa o cachorro, o neném.
A mamãe, o trem.
A ciclista colorida
pedala distraída

Escolha uma praça
Curta sua graça
O presente é agora


 Nos dias nublados
Chore sem ser incomodado
Suba sete degraus na Santos Andrade
Sente e deixe as lágrimas rolarem.

Aquela escadaria sabe da vida
Escutou muitos segredos
Acolheu e debulhou
Aquilo que restou
De um amor que acabou

Talvez já estivesse  lá
O  tempo prensado nos degraus  

Na solidão dos caminhos
 Chorei minhas lutas
Confessei meus fracassos

Chorava por mim
Pelos mendigos da praça
 E toda sorte de-graça  

Estava bem fundo
Longe na minha viagem
De súbito escutei;
Mariana tu não me ama?
Clarice meu amor é assim!

Por que não disse antes?
Porque antes já passou!
Agora quem ti ama
Me deixou.

Mas Clarice...
Não me virei para olhar
Era tudo tão íntimo

Chorei tanto
Quase perdi a hora

Resolvi olhar para trás
A garota descia as escadas
O cabelo chanel  revelava
A nuca   de um rosto 
que jamais vi 

Ficou comigo
A única peça, daquele
Quebra-cabeça.

Enxuguei as lágrimas.
Como sempre ninguém viu
Desci as escadas
Atravessei a praça

Continuo on the road... 

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